terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O Destino do Vingeance

_" Acabou pessoal. Podem vir!" - Disse Rachel...
Nisso Vila Nova saiu de dentro do banheiro, e Téca e Uriel entram na cabine...
Viram quando Rachel pisando com seu salto alto no peito de Ranald disse a ele:

- Então meu amor, me diga agora, como é provar do próprio veneno???


O envenenamento de Ranald trouxe surpresas a Uriel. Pela primeira vez em muitos anos, não havia ódio, rancor ou qualquer outro sentimento em seu coração. Não sentia mais nada ao ver o pai no chão, respirando ruidosamente. A conversa com Ranald pôs fim a uma relação difícil, complicada e cheia de ódio. Simplesmente Ranald merecia a morte, e não fora pelas suas mãos, e isso lhe trazia alívio. Agora Ranald apenas olhava para todos, aflito, apavorado, paralisado no chão. Uriel conseguira o que queria...

Não possuía nem um só resquício de sentimento por aquele homem. Vira agora a libertação de sua mãe, que poderia agora receber tratamento digno, rever o filho e terminar seus dias cercada de amor.

Agora lhe preocupava o destino do Vingeance, já que não havia mais como sair daquele navio sem dar centenas de explicações para as autoridades, correndo o risco de ser preso, e colocando-o sob suspeita. Era hora de libertação, e o Vingeance ainda o prendia.

Uriel informou a Vila Nova, Teca e Raquel que teria de rumar para terra.
Havia descoberto que o sistema fora projetado por ele mesmo, e sendo a senha seu padrão, utilizando o MARCO VINTE desde os tempos de faculdade, quando Vila Nova o ensinou a usar o código, ele sabia que poderia restaurar partes do sistema, mas que o navio estava condenado. Chegou a lamentar ter jogado os explosivos no mar, mas teve uma grande idéia.

_ Acho que chegou a hora de sairmos deste inferno... eu tenho uma idéia, mas vai ser um tanto perigosa, mas acho que é o único meio de sairmos daqui sem ter de explicar tudo para a Polícia. Segurem muito firme quando ouvirem o apito do navio.

Raquel e Teca se entreolharam enigmaticamente, mas não chegaram a ter tempo de perguntar nada, Uriel havia partido para a Ponte de comando.

Ao chegar na cabine, observou o sistema guiando o leme, e após rever os planos de navegação observou que o navio estava navegando em vastos círculos, no alto-mar, e pelo GPS, navegavam em águas internacionais, próximo à costa brasileira. O sistema de navegação estava bastante avariado, mas Uriel conseguiu programar ordens muito simples, e aumentou a velocidade do navio, toda força à frente, soltando o timão do sistema de correção automática. Agora, o Vingeance cruzava as águas com mais velocidade, abandonando a rota circular, seguindo a norma gerada pelo GPS. O navio singrava velozmente sobre as águas, dando o máximo de seus potentes motores.

“Os ratos fogem primeiro... o capitão morre com seu navio...”

Seus pensamentos agora eram para Ranald. Era irônico saber que o navio agora seria uma prisão para o “Aranha”.

Antes de sair, mudou a senha e alterou-a, retirando-a do MARCO VINTE. Não queria que ninguém mais tivesse idéias para um destino diferente para o Vingeance. Era a hora de sair dali para uma vida mais confortável, mais luxuosa, e ao lado de sua mãe. Se Ranald tivesse sorte, seria resgatado ainda com vida.

Voltou até sua cabine e recolheu tudo que poderia incriminá-lo, e depois fez o mesmo com a Sala do servidor do navio, retirando os teclados, e HD´s dos sistemas de câmeras. Logo chegou até a murada lateral, e, em águas abissais, jogou tudo aquilo que pudesse servir de prova para alguma coisa, afinal o navio possuía dois corpos, e Uriel sabia que teria de dar muitas explicações. Jogou no mar sua arma, seu laptop, as HD´s, o celular via-satélite. Todo o aparato tecnológico, a teia digital do Aranha agora jazia há centenas de metros sob algum lugar do Oceano Atlântico.

Ao terminar de desfazer-se das provas, olhou para o horizonte, as ondas batendo fortemente contra a quilha central. O Vingeance teria que ser mais rápido na entrada da Costa Brasileira, sob risco da Marinha interceptá-los. Mas também sabia que o navio entrara em um país continental, com milhas e mais milhas de extensão, e se fossem rápidos, poderiam chegar até a praia antes da possível interceptação.

Ainda observava o navio, quando o barulho de um motor ecoou sobre sua cabeça. Olhou para cima, mas em nada ficou surpreso. Não havia tempo.

O litoral brasileiro agora aparecia no horizonte, crescendo velozmente. Uriel foi até a cabine de controle, onde certificou-se sobre a velocidade máxima do navio. Não poderia correr nenhum risco.

Pensava em todos os acontecimentos, e sorriu. Afinal estava livre de Ranald, estava rico, e veria o império do pai ser destruído pelos processos movidos pelos clientes lesados pelo golpe, e dilapidado pela corja de sócios. Mas isso não importava. Estava de mãos limpas, e ainda conseguira espalhar em centenas de contas anônimas, em vários paraísos fiscais, dezenas de milhões de dólares.

Ainda na cabine, Uriel viu o navio se aproximar da costa, velozmente.
À sua frente, o paredão rochoso da Praia de Torres, no sul do Brasil, aproximava-se velozmente.

Momentos depois, o Vingeance, com sua imponência e tamanho, bateria velozmente nos arrecifes próximos da praia, encalhando-o com um estrondo ensurdecedor, fazendo dezenas de objetos voarem pelos ares com o impacto, passando a adernar 30 graus à bombordo, parando com um rangido metálico.

Uriel seguiu até os decks inferiores até a porta de carga, no limite inferior do casco. O navio fazia água velozmente, mas Uriel conseguiu sair a tempo de ver o navio oscilar ao longe, com o rasco rasgado. Nadou os 50 metros que o separavam da linha de arrebentação feliz. Muito feliz. Estava livre.

Enquanto isso, lanchas da Marinha se aproximavam do navio definitivamente avariado...

**********

Um ano Depois...

A bela Mercedez prata circulou o chafariz central, e um criado bem vestido dirigiu-se até a porta, abrindo-a. Um homem alto, vestido elegantemente desceu do carro, com o sol realçando o castanho de seus cabelos. Andou pelo tapete vermelho até o interior do hangar, onde encontrou um helicóptero. Ao seu lado, Uriel.

_ Cara! Como você demorou! Está pronto para partir?

_ Claro, Gabriel... mas porque essa pressa em ir para o Caribe?

_ Temos um encontro mais do que agradável lá...

_ E sua mãe?

_Está bem, ficará em casa com os criados...ela mesmo fez questão que eu viajasse.

_Mas e se a clínica ligar para lá?

_ Não vão ligar... pago para eles um bom dinheiro para manter o velho sob vigilância constante, mas mesmo que não fosse, alguém que não fala, não anda, não se mexe, não representa risco algum...

_ Que final Ranald teve, não? Um prisioneiro dentro de seu próprio corpo... ouvindo você determinar seu futuro ou não, sequer podendo intervir..

_O veneno lesou totalmente suas funções motoras, o cérebro não consegue mais comandar os músculos, mas apesar de mudo, ele entende tudo, e faço questão que tenha o mesmíssimo tratamento que minha mãe recebeu dele... na mesma clínica. Se morrer, sequer vão ligar para minha casa... mas vamos esquecer esse estorvo... não quero falar mais sobre isso.



Horas mais tarde, os dois homens estavam em um caro resort caribenho, e caminhavam até duas hóspedes que tomavam sol, à beira do mar azul. Uma delas levantou-se e sorriu, e levantando-se, dirigiu-se até o loiro. Nem de longe parecia com a Teca de uma ano atrás, pois havia abandonado as drogas, e estava absolutamente linda e em forma.


_ Estou feliz por você ter vindo... eu estava te esperando...

A outra mulher levantou-se, e Uriel apresentou-o.

_ Pérola, esse é meu amigo Fernando...

Pérola sorriu, discretamente observando o corpo bem torneado, vestido apenas com uma sunga branca. O homem sorriu e estendeu a mão, retirando o óculos.

_ Muito prazer... Fernando Palácio!

As moças se entreolharam sorridentes, e Uriel abraçou Teca.

_ Gabriel, vamos a uma festa hoje?
_ Só se não for a fantasia, muito menos em um navio....


E o som de gargalhadas emolduraram o por do sol perfeito dos dois casais...

27 comentários:

Aleph disse...

Máfia Amiga, queridas leitoras,

Eis o fim de Uriel e do Vingeance... espero que gostem!

Sônia, a barriguinha sarada de Fernando foi presente meu, tá? rsss

Um abraço a todos.

Aleph disse...

Sônia, respondendo sobre o tal hiato entre o brinde das moças e o Vingeace, vc vai saber de tudooo... aguarde as cenas dos próximos capítulos...risos

Anônimo disse...

Aleph adorei!!!!!!!!!!!!!!
Gostei muito de te ler e ver a participação do Uriel, um personagem enigmático que se mostrou ser um personagem forte e carismático, vide o final dele com a Teca srsrrsrsrsr

É sempre um prazer ler seus textos, seja aqui ou em qq outro blog, sou sua fã de carteirinha srrsrsss

Espero que em breve tenhamos esse prazer novamente.

Bjs e um bom dia

Anônimo disse...

Agora, me dia uma coisa, o Uriel foi embora e largou o resto do povo no navio?

Ahhh não acredito, eles também tinham o rabo preo, não?

Anônimo disse...

Como diz "Jack", vamos por partes...

Aleph, primeiro preciso agradecer seu comentário no meu post e os elogios...Foi muito bom fazer parte dessa máfia, escrever com vocês e fiz de tudo para que não decepcionasse ninguém...o mais bacana disso tudo, foi que a Téca desde o início já tinha um perfil criado, só que mudei algumas coisas a partir do momento que pude e comecei a interagir com os outros personagens que se não fossem eles, Téca não teria se saído bem. Obrigada mesmo!

Agora sobre seu post, sempre disse que você escreve muito bem, seus posts me fazem sentir que estou lendo um livro e imaginando toda a cena, portanto esse último não poderia ter sido diferente.
E meu, que isso...Tequinha acabou ficando com o loirão do Uriel???rsrs Será??? Uhu...só um detalhe, a sunga branca era pra ser minha e não da Sônia...kkkkk
Seu post foi perfeito do início ao fim.
Parabéns...

Beijão!!!

Anônimo disse...

Téca e Uriel juntos! Alguém esperava por essa?

Sônia, Pérola se deu bem, pelo visto, hein?

Anônimo disse...

Os outros foram resgatados. Se Téca está no Caribe com Uriel, certamente o irmão foi salvo. Ou ela deixaria o maninho querido dentro do navio?

Anônimo disse...

Ranald teve um fim horrível!

Anônimo disse...

Fiquei tenso, achei que esse navio ia pipocar nos ares com todos dentro.

Anônimo disse...

Concordo com vc Matt, o fim de Ranald foi pior, muito pior que a morte. Muito merecido.

Anônimo disse...

Ai Matt, que ninguém nos leia.
Acho que esse cara de sunga branca que arrumaram pra Pérola é uma furada...chave de cadeia.

De qualquer maneira...

Aleph, sei que seu presente foi com a melhor das intenções, mas deixa a sunga branca pra Alê que eu me viro com as lá de casa rsrsrsrsrrsrsrrss

Bjs amores

Anônimo disse...

Voltei...

Falta o fim de Rachel e Vila Nova, o que será que teremos pela frente?

Algumas explicações ainda?

Anônimo disse...

Ah Soninha,

Que bom que tu liberou a sunga branca pra mim...mas eu prefiro ficar com o Uriel mesmo...
E agora fala sério, acho que depois de tudo que vc passou lá no navio, se fingindo de morta, tendo que cuidar de dois malas Teca e Vila Nova, vc ia no final de tudo pegar ainda um bofe estragado???
Relaxa amiga...
É igual novela...os bons sempre se dão bem...rs
beijos

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Pelo menos isso, né Alê?

Anônimo disse...

Sônia, roubei o micro de Consuelo, por alguns míseros segundos, enquanto ela atende o telefone.

Quer dizer que Palacio é furada? Uai, me disseram que o cara era gente boa...Rssssssss

Ó, liga não. É só um homônimo do dito.

Beijos,


Mateus

Anônimo disse...

Matt, eu nem conheço esse dito ai, então...é furada rssssssssssss
Mas num cenário como o Caribe o que vale é a diversão srsrrsrsrrss

Anônimo disse...

Povo... e Sônia,

Quem inventou mais esse nome doido fui eu... Fernando Palacio... nem imaginou de onde surgiu...risos


Bem, pontuando... Aleph... adorei o fim de Uriel, ainda mais o fim dado a Ranald... a morte seria pouco para ele...

Armond que resgate em vida tudo que fez, orassss...


Povo, volto mais tarde, estou indo ali para o estágio em Inspeção Escolar...

Té mais... e pra não perder o costume: AMO VOCÊS!!!

Beijo Karinhoso,

Anônimo disse...

Ká, estava sentindo sua falta por aqui...
Volto pra te ler mais .

Bjs

Aleph disse...

Pois é, logo eu que comento no de TODO mundo, tenho a Ká rapidinho, e Leco, Fran, Shi ainda não apareceram!!!! Poxaaaaaaaaaaaa

Mas tudo bem, eu entendo....

Abraços...
"Só" 18 comentários!!!!!????

Poxaaaaaaaaaaaa
Eu devia ter explodido o Vingeance... hahahahahhahahah

Aleph disse...

Cadê a Shi??????

Anônimo disse...

Soninha,

Pois é, o dia foi MUITO CORRIDO... mas eu sempre arranjo um tempinho para vir aqui... sinceramente, meu dia não é o mesmo quando não leio as armações digitais da Teia!!!

Aleph,

Contente-se!!! Risosssssssssssss...

Estou aqui novamente!!!
Agora não me diga que está surpreendido, porque realmente não dá para acreditar nisso!

Eu jurava que tinha lido a sunga branca em Uriel... risos... acho que fiquei presa naquela foto que ele nos mandou!!! Risos...

Povo,

Amei esse fim CARIBENHO de Uriel, Téca, Sônia e Fernando (será esse a reencarnação daquele outro da cicatriz??? risos... tivemos tantas reencarnações, né?)

Pessoas, eu amo essa farra aqui... me desestresso... kkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Entonce...

Vamos dar IBOPE para o Alephzinho... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Que novidade!!!!!!!

Anônimo disse...

Sônia,

A barriguinha sarada do Palacio foi presente MEU!!! Oras (risos)

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Alê,

Eu juro que a sunga branca era pra vc, viu???

Anônimo disse...

Querido povo,

Vou-me... estou em REGOZIJO com minha pasta de estágio de Inspeção escolar....

A-D-O-R-O bagunçarrrrrrrrr, vote!!!

Vai vendo... Putitanga!!!

Beijo sempre Karinhoso,



Sabe... fico prometendo pra mim que não vou vir mais aqui... mas fico me roendo de CURIOSIDADE OFF LINE!!!! (kkkkkkkkkkkkkkkk)

fUIIIIIIIIIIIIIIIII